domingo, 29 de janeiro de 2017

DEUS MÃE?

Nascido de uma mulher.
Gálatas 4.4

Esta imagem e seus dizeres me fascinam. Eu gostaria de compartilhar algumas ponderações que eles sugerem. Uns podem achá-las muito fora enquanto outros podem abraçá-las.

Nos meus primeiros anos como cristão professo eu fui doutrinado para crer que a natureza foi corrompida pelo que aconteceu no Jardim do Éden, que o conhecimento humano é suspeito e que a única fonte segura de verdade é a bíblia porque é a infalível Palavra de Deus. No entanto, a experiência de muitos anos ensinou-me que a verdade é o contrário. As escrituras foram editadas e modificadas tantas vezes ao longo da história que não podem ser qualificadas como autênticas. A natureza deixou gravados muitos detalhes do nosso passado e pode nos ensinar muito. O nosso problema está em saber como fazer as leituras e entender a sua linguagem. Parece que as pessoas pré-históricas sabiam fazer estas leituras melhor do que nós.

Dentro da nossa tradição patriarcal os antigos pensavam em Deus como sendo o Ser Supremo Masculino e o criador de todas as coisas. Ele estava acima de tudo e separado da criação. As coisas materiais (incluindo os seres vivos) eram objetos inferiores e sujeitos a sua manipulação. O conceito era dualista, dividindo a realidade entre o espiritual e o material.

Os deuses masculinos são uma novidade recente na longa história de mais de dois milhões de anos do ser humano. Eles apareceram apenas a cerca de seis mil anos atrás, junto com o advento da dominação masculina do patriarcalismo. Antes disso as sociedades eram matricêntricas. Nas mitologias mais antigas a Grande Deusa Mãe deu à luz a terra e os céus. Tudo era gerado pelo corpo da deusa. Deuses criadores ainda não existiam. A maternidade era sagrada, porque somente as mulheres podiam produzir vida por meio da ação das deusas nelas. O conceito da paternidade ainda era desconhecido. Nada na natureza era “coisificado” porque tudo tinha a essência da Grande Mãe. O universo era visto como uma grande família com tudo inter-relacionado. A essência da vida era viver em harmonia com tudo e com todos, o que é contrário à nossa cultura, onde o domínio é a marca do sucesso.

À luz das descobertas da ciência e das pesquisas durante os últimos cem anos, acredito que as antigas culturas 1ginecéntricas, com suas deusas que enfatizavam a solidariedade (paz e felicidade), foram muito mais perto da verdade do que o nosso atual cultura 2androcéntrica com seu deus que coloca o domínio (ordem e progresso) acima de tudo.

As culturas ginecéntricas das deusas percebiam o universo como sendo dinâmico, vivo e auto organizado. O ecologista e ambientalista James Lovelock cunhou o termo 3"hipótese Gaia" para descrever a Terra como um grande organismo vivo. As culturas ginecéntricas consideravam que tudo era sagrado e digno de cuidado e respeito. Em contraste, a cultura androcéntrica trata do universo como sendo um mero objeto a ser manipulado, organizado e dominado. Sua filosofia é que a Terra existe para nosso benefício, e, sendo o ser humano o centro de tudo, somos justificados em tirar tudo possível.

O nosso "Deus" androcéntrico exige ser adorado e obedecido. Ele é absoluto e pode ficar muito zangada quando desagradado. Em contraste, a divindade ginecéntrica merecia ser amada, respeitada e curtida como nossa mãe. Ela nos dava à luz e ela nos recebia novamente em seu ventre quando morríamos.

Com o imperador romano Constantino (batizado no leito da morte), a igreja tornou-se androcéntrica e chegou a apoiar os governos e sociedades androcéntricos ao longo da sua história. Como o resultado de tratar o universo como uma coisa e a natureza como algo a ser dominada e explorada a terra tornou-se devastada por guerras, poluição, superpopulação e desastres ecológicos. Nossa estrutura androcéntrica está levando a humanidade em direção à autodestruição.

Precisamos voltar para a “casa da mãe”. Precisamos recuperar o sentido do sagrado em toda a natureza e a irmandade de todas as criaturas. É preciso lembrar que, por ter nascido do universo, somos suas filhas e seus filhos e devemos tratá-lo como nossa mãe.

Voltando à frase bíblica escrita do início do texto, ser nascido de mulher é uma experiência universal. Gostaria de estender o termo "mulher" para incluir todo o universo, que é basicamente feminino, porque ele é o útero de todos nós.

1GINECÉNTRICO: (do grego, gyno = "mulher " ou "feminino") dominado por ou enfatizando interesses femininos ou um ponto de vista feminino. A mesma raiz de ginecologia.

2ANDROCÉNTRICO: (grego, andro = "o homem, macho “) dominado por ou enfatizando interesses masculinos ou um ponto de vista masculino.

3O termo "GAIA" vem da mitologia grega, onde é o nome da Deusa da Terra. No final dos anos 1960, o ecologista e ambientalista James Lovelock usou o nome em sua hipótese Gaia, que postula que a Terra é um super organismo. Esta teoria ganhou muito apoio no movimento ambientalista.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

GOD AS MOTHER?

A woman gave birth to him.
Galatians 4:4 (Contemporary English Version)

This picture and the thought that it transmits fascinate me, and I would like to make a few comments on what it suggests to me. This may seem a bit far out for some but hopefully embraced by others.

In my first years as a professing Christian I was indoctrinated to believe that nature was corrupted by what happened in the Garden of Eden, anything that we might learn from nature is suspect and that the Bible is our only sure way to know the truth because it is the infallible Word of God. However, the experience of many years has taught me that the opposite is true. The scriptures have been edited and modified so many times through history that they cannot be relied on as being authentic. Nature has recorded our past. Our problem is in knowing how to read what is written and understand her language.

In our patriarchal tradition the ancients thought of God as being the Supreme Male Being and the creator of all matter, but He was above and separate from it. Material things (including living beings) were inferior objects and subject to manipulation by Him. Creation was dualistic, divided between the spiritual and the material.

Male gods are a very recent arrival in the millions of years of human history. They first appeared only about six thousand years ago with the advent of the male dominance of patriarchalism. Before that, the norm was matricentric societies which had goddesses who gave birth to everything. Before the gods appeared in mythology the earth and the heavens were birthed by goddesses, not created by gods. Motherhood was sacred, because only women could produce life through the action of the goddesses in them. The concept of fatherhood was unknown. We were all birthed, not created. Therefore nothing was a mere object, and everything had the essence of the Great Mother. The universe was considered to be a big living family with all things related to each other. The essence of life was to live in harmony, which is contrary to our culture where dominance is the mark of success.

In the light of what has been discovered in the past one hundred years I believe that the original 1gynocentric goddess cultures which emphasized nourishing were much closer to the truth than our present 2androcentric god culture which puts dominance to the forefront.

The gynocentric goddess cultures perceived the universe to be a dynamic, living and self-organizing being. Ecologist and environmentalist James Lovelock coined the term, 3Gaia hypothesis” to describe the earth as a living super organism. Gynocentric cultures consider everything to be sacred and worthy of care and respect. In contrast, androcentric culture treats the universe as a mere object to be manipulated, organized and dominated. Its philosophy is that the earth exists for our benefit, and we are justified in taking from it all that we can.

The androcentric “God” is an exalted “divine other” male and should be worshiped and obeyed. He is the boss and can get pissed off if we don’t please Him. In contrast, the gynocentric “God” is female and should be respected and enjoyed as a mother. We were born from her womb and she will receive us again into her womb when we die.

With Constantine the church became androcentric and has supported androcentric governments and societies throughout its history. As the result of treating the universe as a thing and nature as something to be exploited the earth has become ravaged by wars, pollution, over population and ecological disasters. Our androcentric structure is driving humanity on a march toward self-destruction.

We need to return home to “Mother”. We need to recuperate the sense of the sacredness of all of nature and the sister/brotherhood of all creatures. We need to remember that by being birthed by the universe we are her daughters and sons and should treat Her as our Mother.

Returning to the opening scripture phrase, being born of woman is a universal experience. I would extend the term “woman” to include the whole universe which is basically feminine, because it is the womb of all of us.

1 GYNOCENTRIC: (Greek, gyno-, "woman", or "female") predominated by or emphasizing feminine interests or a feminine point of view.
2 ANDROCENTRIC: (Greek, andro-, "man, male") dominated by or emphasizing masculine interests or a masculine point of view
3 The term "GAIA" comes from Greek mythology, where it is the name of the Goddess of the Earth. In the late 1960s, independent ecologist and environmentalist James Lovelock used the name in his Gaia hypothesis, which posits that the earth is a super organism. This theory has gained much support in the environmentalist movement. (From Wikipedia, the free encyclopedia)



domingo, 22 de janeiro de 2017

O PERIGO DA RELIGIOSIDADE

Então Jesus falou à multidão
e aos seus discípulos. Ele disse:
Os professores da Lei e os fariseus
têm autoridade para explicar a Lei de Moisés.
Por isso
vocês devem obedecer e seguir tudo o que eles dizem.
Porém
não imitem as suas ações,
pois eles não fazem o que ensinam.
Mateus 23.1-3 (leia 23.1-12) – NTLH

É perigoso ser religioso – quanto mais religioso, mais perigo corre. A religião ensina amor e humildade, e amar os outros como a si mesmo e ser humilde são ideais muito bonitos. Praticá-los é outra coisa… Falar de amor e humildade e vivê-los são coisas distintas. Quanto mais discurso, menos prática. O amor e a humildade são silenciosos – não falam de si mesmos e não chamam atenção.

Quando a prática da religião é muito visível, pode desconfiar! É pior ainda quando a santidade se organiza. Uma vez estabelecido um sistema oficial de valores e criada uma estrutura política/social para promovê-los, abrem-se as portas para a hipocrisia e incoerência. Foi dentro deste contexto que Jesus agia nos seus confrontos com as autoridades religiosas. Jesus apoiou os ensinamentos dos fariseus. Criticou lhes pela falta de prática. Ensinavam uma coisa, mas agiam ao contrário, transformando fé em fardo e farsa. O ser humano é o mesmo desde o início e esta disparidade entre a profissão e a prática está muito presente no Judaísmo, Cristianismo e Islamismo atual. Apesar da beleza do conceito do amor e da humildade, a igreja é “palco perfeito” para hipocrisia e incoerência, tanto individual como coletiva.

No nível individual, o ideal do bem faz que as aparências sejam importantes. É natural a pessoa querer autoimagem boa e ser bem-vista. Isto faz com que a sua religiosidade se torne pública e bem visível. Reuniões servem de palco para mostrar boas qualidades espirituais, reforçando seu autoconceito e reputação. Admitir carências e derrotas seria prejudicial a autoimagem e ao que os outros podem pensar a seu respeito. O comportamento junto com os outros crentes é diferente do que em ambientes seculares. Até muda o tom da voz quando faz oração nos cultos. A vida religiosa e secular é compartimentada: vive-se de um jeito na igreja e de outro no lar, emprego e lazer. Na igreja pode ser manso e simpático, mas no lar, é agressivo e chato. A religiosidade pode ser apenas uma máscara para esconder carências.

No coletivo, as hierarquias eclesiásticas alimentam orgulho. Quanto mais alto sobe na escada hierárquica, mais prestígio. Por ocuparem posições elevadas os líderes podem ter a sensação de serem superiores. A humildade pode ser transformada em máscara para esconder o orgulho. Os líderes se esforçam para se manter na liderança e subir ainda mais. Para manter a sua posição, as autoridades precisam preservar o sistema e promover a instituição. Os adeptos se tornam manipulados para a manutenção da máquina. A maior parte dos dízimos cobrados é usada para o bem da estrutura e não do ser humano.

Jesus exalta o serviço humilde, sem pretensões, sem visar cargos e prestígio humano, serviço que alivia os fardos da vida. Felizes são os humildes…….

MATEUS 23.1-12) – NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE (NTLH)

Então Jesus falou à multidão e aos seus discípulos. Ele disse:

— Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para explicar a Lei de Moisés. Por isso vocês devem obedecer e seguir tudo o que eles dizem. Porém não imitem as suas ações, pois eles não fazem o que ensinam. Amarram fardos pesados e os põem nas costas dos outros, mas eles mesmos não os ajudam, nem ao menos com um dedo, a carregar esses fardos. Tudo o que eles fazem é para serem vistos pelos outros. Vejam como são grandes os trechos das Escrituras Sagradas que eles copiam e amarram na testa e nos braços! E olhem os pingentes grandes das suas capas! Eles preferem os melhores lugares nos banquetes e os lugares de honra nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças e de ser chamados de “mestre”. Porém vocês não devem ser chamados de “mestre”, pois todos vocês são membros de uma mesma família e têm somente um Mestre. E aqui na terra não chamem ninguém de pai porque vocês têm somente um Pai, que está no céu. Vocês não devem também ser chamados de “líderes” porque vocês têm um líder, o Messias. Entre vocês, o mais importante é aquele que serve os outros. Quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido.



sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

THE DANGER OF RELIGOUSNESS

Then Jesus said to the crowds
and to his disciples:
“The teachers of the law
and the Pharisees
sit in Moses’ seat.
So you must be careful
to do everything they tell you.
But do not do what they do,
for they do not practice what they preach.
Matthew 23:1-3 (read 23:1-12) - NIV

It is dangerous to be religious - much manifest religiousness means much danger. Religious teachings about loving others as ourselves and being humble are beautiful, but practicing them is something else. To talk about love and humility and live them are two different things. Many times much talk means little practice. True love and humility are silent - they do not speak for themselves and they draw little attention.

When the practice of religion is very visible, we can be suspicious! It's even worse when holiness is organized. When an official value system is established a political/social structure is put in place to promote it. This opens the doors to hypocrisy and inconsistency.

It was within this context that Jesus had confrontations with the religious authorities of his day. Jesus supported many of the teachings of the Pharisees, but criticized them for their lack of practice. They taught one thing but practiced the opposite, thus transforming faith into a burden and a farce.

Human beings have been the same since the beginning of our western cultural system, and the disparity between profession and practice is very present in Judaism, Christianity and Islam today. Despite the beauty of the concept of love and humility, the church is a "perfect stage" for hypocrisy and inconsistency, both individually and collectively.

At the individual level appearances are important. It is natural to want to project a positive image. Therefore religious practice becomes public and visible. Meetings serve as a stage to show good spiritual qualities and enhance self-concept and reputation. To admit to shortcomings and failures would harm our self-image and what others may think about us. In the church environment with our fellow believers we may have one type of conduct and in secular environments we may act differently. We may even change the tone of our voice when making a public prayer in a worship service. I tend to be suspicious of people who change the tone of their voice when they utter public prayers. Our religious and secular lives are compartmentalized, living and talking one way at church and another way at home, in the workplace and at leisure. In the church environment we can be gentle and sympathetic, but at home be aggressive and annoying. Religiosity may just be a mask to hide deficiencies.

On the collective level, ecclesiastical hierarchies feed pride. The higher we climb the hierarchical ladder, the more prestige we have. By occupying high positions we feel that we are superior. The appearance of humility can be used as a mask to hide our pride. We strive to stay ahead of the pack and climb even further. To maintain our position we need to preserve the system and promote the institution. Our supporters are manipulated in order to maintain the machine. Most of the tithes that are collected are used for the maintenance of the institutional structure instead of the promotion of the well-being of humanity.

Jesus exalts humble service that is without pretensions, prestige and ambition for self-promotion. Our goal should be to lighten the burden of others rather than add to the load that they already carry. Blessed are the meek...

MATTHEW 23:1-12 – NEW INGLISH VERSION (NIV)

Then Jesus said to the crowds and to his disciples: “The teachers of the law and the Pharisees sit in Moses’ seat. So you must be careful to do everything they tell you. But do not do what they do, for they do not practice what they preach. They tie up heavy, cumbersome loads and put them on other people’s shoulders, but they themselves are not willing to lift a finger to move them.

“Everything they do is done for people to see: They make their phylacteries wide and the tassels on their garments long; they love the place of honor at banquets and the most important seats in the synagogues; they love to be greeted with respect in the marketplaces and to be called ‘Rabbi’ by others.

“But you are not to be called ‘Rabbi,’ for you have one Teacher, and you are all brothers. And do not call anyone on earth ‘father,’ for you have one Father, and he is in heaven. Nor are you to be called instructors, for you have one Instructor, the Messiah. The greatest among you will be your servant. For those who exalt themselves will be humbled, and those who humble themselves will be exalted.


domingo, 15 de janeiro de 2017

COMPAIXÃO OU CASTIGO

“Ame o Senhor, seu Deus,
com todo o coração, com toda a alma
e com toda a mente."
Este é o maior mandamento e o mais importante.
E o segundo mais importante
é parecido com o primeiro:
"Ame os outros como você ama a você mesmo."
Toda a Lei de Moisés
e os ensinamentos dos Profetas
se baseiam nesses dois mandamentos.
Mateus 22.37-40 (leia 22.34-46) - NTLH

É difícil falar do amor sem trivialidades. É um dos assuntos mais abordados e menos vividos. O texto destaca o amor. Abordo-o com receio de perpetuar a banalidade. Jesus está falando do básico, do essencial. É importante entender com coração e mente a mensagem de Jesus.

Talvez somos iguais a menina, Cynthia, que escreveu uma carta para Deus:

“Querido Deus,
Aposto que é muito difícil para Você amar a todas as pessoas no mundo. Na nossa família tem só quatro pessoas e nunca consigo…”
Cynthia

Não podemos falar de amor sem, primeiro, defini-lo. No uso popular, a palavra tem conotações sentimentalistas: adoração, paixão, afeto, etc. Mas o amor “ágape” no Novo Testamento é “desejar o bem de outrem”, também, “exercer compaixão”. A espiritualidade de Jesus é a de “com-paixão” sofrer junto com, tomar as dores de.

O nosso amor para com Deus deve ser holístico, de coração, alma e mente. Seria uma vida integrada, colocando o Divino como o ponto de referência em todas as áreas da vivência. O contrário seria amor esquizofrênico, em que dividimos a nossa vida em compartimentos: igreja-mundo, espiritual-material, discurso-prática, crença-ação, culto-trabalho-lazer, etc.

A convivência filial (incondicional) com Deus nos dá condições de amar o outro como somos amados e como a nós mesmos. Se o nosso relacionamento com Deus é condicional, dependendo de nós cumprirmos um determinado jogo de regras, a compaixão para com os que são diferentes de nós seria difícil.

A teóloga e historiadora *Karen Armstrong escreve, “Todas as religiões do mundo afirmam que a espiritualidade só tem valor quando resulta na prática da compaixão.”*As religiões não conseguem alcançar seu ideal. O valor de uma religião não está na sua crença. Os cristãos dão muito valor à doutrina. Protestantes e católicos são separados porque têm diferenças na doutrina da igreja. Há divisões entre protestantes por causa de interpretações diferentes do Espírito Santo. Os fariseus colocavam práticas religiosas acima do bem estar do ser humano. Jesus afirmou que as normas legais de Moisés e a justiça social dos profetas são fundadas no amor.

O amor (compaixão) está acima de qualquer doutrina ou prática religiosa. As leis e normas foram criadas por causa de falta de amor. Com amor, não há necessidade delas. Cada um contribuiria espontaneamente para o bem estar dos demais. O problema é que, uma vez criadas, colocamos as leis, normas e doutrinas acima do amor. Idolatramos os nossos sistemas e prejudicamos os outros para mantê-los. Em vez de compaixão, praticamos o castigo. “O maior…é o amor.” (1 Coríntios 13.13)

*Em Nome de Deus: O Fundamentalismo no Judaísmo, no Cristianismo e no Islamismo, 2001 Companhia Das Letras, página 31. (nota: leia este livro para entender melhor o que se passa no cenário internacional)


MATEUS 22:34-46 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Os fariseus se reuniram quando souberam que Jesus tinha feito os saduceus calarem a boca. 35 E um deles, que era mestre da Lei, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, perguntou:

— Mestre, qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei?

Jesus respondeu:

— “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente.” Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: “Ame os outros como você ama a você mesmo.” Toda a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas se baseiam nesses dois mandamentos.

A pergunta sobre o Messias
Quando os fariseus estavam reunidos, Jesus perguntou a eles:

— O que vocês pensam sobre o Messias? De quem ele é descendente?

— De Davi! — responderam eles.

Jesus tornou a perguntar:

— Então, por que é que Davi, inspirado pelo Espírito Santo, chama o Messias de Senhor? Pois Davi disse:

“O Senhor Deus disse ao meu Senhor:
‘Sente-se do meu lado direito,
até que eu ponha os seus inimigos
    debaixo dos seus pés.’ ”
Portanto, se Davi chama o Messias de Senhor, como é que o Messias pode ser descendente de Davi?

Ninguém podia responder mais nada, e daquele dia em diante não tiveram coragem de lhe fazer mais perguntas.



sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

LOVE AS COMPASSION

Love the Lord your God
with all your heart
and with all your soul
and with all your mind.
This is the first and greatest commandment.
And the second is like it:
Love your neighbor as yourself.
All the Law and the Prophets
hang on these two commandments.
Matthew 22:37-40 (read 22:34-46) - NIV

It is difficult to speak of love without trivialities. It is one of the most discussed and least experienced subjects. The text highlights love. I approach it with the fear of perpetuating banality. Jesus is talking about the basics, the essentials. It is important to understand the heart and mind of Jesus' message.

Maybe we’re like the little girl, Cynthia, who wrote a letter to God:

Dear God,
I bet it is very hard for You to love all people in the world. Our family has only four people and sometimes I can’t do it.
Cynthia

We cannot speak of love without first defining it. In popular usage, love has connotations of sentimentalism such as: adoration, passion, affection, etc. But love (agape) in the Greek New Testament means "to desire the good of others". That in itself is impersonal, but Jesus carried it further to include the meaning: "to exercise compassion”. The spirituality of Jesus is "com-passion" (to suffer with) or share the pain of others.

Such a love would be holistic, including heart, soul and mind. It would produce an integrated life, recognizing the Divine in all areas of living. The opposite would be schizophrenic love in which we divide our lives into separate compartments such as church, world, spiritual, material, discourse, practice, belief, action, cult, work leisure, etc.

Many people have invented a separate, tyrannical God who issues decrees, gets pissed-off and zaps people when they don’t live up to His expectations. Therefore, a penal solution is necessary where atonement must to be made to compensate for offences. This concept makes Jesus to be only the “sacrificial lamb”, being a go-between in order to satisfy justice. God and humanity remain separated. But with a broader understanding of God as being Love, the compassion of Jesus becomes an example of at-one-ment (oneness or union) among people and with his Daddy God.

In modern terms compassionate love could be defined as the state of “oneness” with all that surrounds us. This oneness would enable us to love not only our neighbor as ourselves but see ourselves as part of all that exists. Compassion implies “feeling along with” and helps us to have a positive and creative relationship with the entire world in which we live. I would extend at-one-ment beyond the Divine and human realms to include all of life.

The theologian and historian *Karen Armstrong writes, "All the religions of the world claim that spirituality has value only when it results in the practice of compassion." But in practice religions generally fail to achieve their ideal. The value of a religion is not in its belief but in the quality of life it produces. Christians attach great importance to doctrine. Protestants and Catholics are separated because they have differences in church doctrine. There are divisions between Protestants because of different interpretations of the Holy Spirit. The Pharisees put religious practices above the welfare of human beings. In contrast Jesus said that the legal norms of Moses and the prophets of social justice are founded in love.

Love (compassion) is above any religious doctrine or practice. Laws and rules exist because of the lack of love. With love, there is no need for them. Each person would spontaneously contribute to the collective welfare. The problem is that, once created, laws, rules and doctrines are placed above love. We idolize our systems and harm others in order to preserve them. Instead of compassion we practice correction or punishment. But according to the NT, "The greatest of all is love." (1 Corinthians 13:13) This should be our goal.

*The Battle for God: Fundamentalism in Judaism, Christianity and Islam (I recommend the reading of this book to better understand what is happening on the international scene).

MATTHEW 22:34-46 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

Hearing that Jesus had silenced the Sadducees, the Pharisees got together. One of them, an expert in the law, tested him with this question: “Teacher, which is the greatest commandment in the Law?”

Jesus replied: “‘Love the Lord your God with all your heart and with all your soul and with all your mind.’ This is the first and greatest commandment. And the second is like it: ‘Love your neighbor as yourself.’ All the Law and the Prophets hang on these two commandments.”

Whose Son Is the Messiah?
While the Pharisees were gathered together, Jesus asked them, “What do you think about the Messiah? Whose son is he?”

“The son of David,” they replied.

He said to them, “How is it then that David, speaking by the Spirit, calls him ‘Lord’? For he says,

“‘The Lord said to my Lord:
    “Sit at my right hand
until I put your enemies
    under your feet.”’
If then David calls him ‘Lord,’ how can he be his son?” No one could say a word in reply, and from that day on no one dared to ask him any more questions.



domingo, 8 de janeiro de 2017

OS MAUS E OS BONS

Os empregados saíram pelas ruas
e reuniram todos os que puderam encontrar,
tanto bons como maus.
E o salão de festas ficou cheio de gente.
Mateus 22.10 (leia 22.1-10) – NTLH

Esta parábola faz parte de confronto dos líderes religiosos com Jesus. A sua interpretação precisa levar em conta este contexto. Esta alegoria reflete tensão e conflito entre dois sistemas de valores. O rei priorizou a festa de casamento do seu filho, mas os súditos prediletos colocaram seus negócios particulares no primeiro plano e rejeitaram o convite real. O rei reagiu: acabou com os primeiros convidados e abriu a festa para todos.

Mais uma vez, Jesus criticou o elitismo exclusivista do estabelecimento religioso dominante da sua época. Aprovou a abertura da festa para os excluídos. Por ser uma realidade gritante, este tema foi tratado repetidas vezes nos quatro evangelhos. O Reino de Deus era exatamente o oposto do sistema vigente. Para as vítimas da situação social de desigualdade, Jesus trouxe boas novas (Evangelho) de inclusão.

O Evangelho é perpetuamente válido porque a história se repete com constância. A natureza humana faz com que, em qualquer estrutura social, o jogo de poder predomine e chegam a existirem os privilegiados e os discriminados, os primeiros e os últimos. A grande ironia da história da igreja é que a grande maioria das autoridades eclesiásticas que dizem representar o Jesus humilde e pobre vivem com mordomias muita acima da média! Isto é, desde o luxo do Vaticano até as lideranças protestantes, dos tradicionais aos carismáticos. O cristianismo moderno não possui um líder tipo Mahatma Gandhi. Outro ironia: em tempos modernos, o líder político que mais imitou Jesus era hindu.

Não é de admirar que o estabelecimento religioso é tanto carente do evangelho quanto qualquer entidade secular ou profana. Os “prediletos” do rei continuam tratando dos seus negócios particulares e ignorando o convite para o “casamento do filho”.

Os seguidores de Jesus são perpetuamente condenados a serem desafiados a se identificarem com os excluídos. Os prediletos estão sempre ocupados com seus negócios particulares.

À luz destas colocações, não somos dignos de participarmos do “casamento do filho”. Mas a nossa esperança está exatamente nisto: sermos convidados, mesmo não sendo dignos. Lembrando das palavras de Jesus em outras ocasiões, ainda resta esperança para nós que confessamos o nome de Jesus, sem conseguirmos atingir os ideais propostos. “Felizes os que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é deles” (Mt.5.3). A humildade de admitirmos a nossa carência nos ajudaria a, pelo menos, tentar caminharmos em direção à “festa”. A graça nos ensina que o Reino de Deus é para ambos: os maus e os bons.

MATEUS 22:1-10 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

De novo Jesus usou parábolas para falar ao povo. Ele disse:

— O Reino do Céu é como um rei que preparou uma festa de casamento para seu filho. Depois mandou os empregados chamarem os convidados, mas eles não quiseram vir. Então mandou outros empregados com o seguinte recado: “Digam aos convidados que tudo está preparado para a festa. Já matei os bezerros e os bois gordos, e tudo está pronto. Que venham à festa!”

— Mas os convidados não se importaram com o convite e foram tratar dos seus negócios: um foi para a sua fazenda, e outro, para o seu armazém. Outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. O rei ficou com tanta raiva, que mandou matar aqueles assassinos e queimar a cidade deles. Depois chamou os seus empregados e disse: “A minha festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereciam. Agora vão pelas ruas e convidem todas as pessoas que vocês encontrarem.”

— Então os empregados saíram pelas ruas e reuniram todos os que puderam encontrar, tanto bons como maus. E o salão de festas ficou cheio de gente.



sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

RAT RACE OR CELEBRATION

So the servants went out into the streets
and gathered all the people they could find,
the bad as well as the good,
and the wedding hall
was filled with guests.
Matthew 22:10 (read 22:1-10) - NIV

This parable is part of a confrontation between religious leaders and Jesus. Its interpretation must take into account this context. This allegory reflects tension and conflict between two value systems. The king invited some selected subjects to his son’s wedding celebration, but the specially invited guests put their private affairs in the foreground and coped out of the invitation. The king responded by bypassing the invited guests and opening the party for everyone.

Jesus was criticizing the exclusive elitism of the ruling religious establishment of his day. He approved the opening of the Kingdom to include the excluded. Because of the stark reality of exclusiveness, this subject was discussed repeatedly in all four of the Gospels. The Kingdom of God was the exact opposite of that system. For the victims of the social situation of inequality Jesus brought the Good News (Gospel) of inclusion.

The Gospel is perpetually valid, because history constantly repeats itself. Human nature dictates that in most social structures power structures prevail and create an exclusive privileged class and an excluded underprivileged one. The great irony of the history of the church is that a vast majority of its ecclesiastical authorities, who claim to represent the poor and humble Jesus, take care of themselves first and have a life style much higher than that of the average follower. We see that from the luxury of the Vatican to Protestant leadership, both traditional and charismatic. Modern Christianity has little, if any, leadership of the style of Mahatma Gandhi. Another irony in modern times is that the political leader who most imitated Jesus was Hindu. Religious leaderships as well as secular and profane are lacking the Gospel standards of being servants rather than masters. They are still taking care of their own particular interests and ignoring the invitation to the "Son’s wedding celebration”.

As followers of Jesus we are challenged to identify with the excluded in our social structures. The power holders are in that position because they have put their own interests above that of the collective good and are very busy continuing to do so.

In light of these considerations we are servants of the Kingdom (wedding celebration) and are to include both the bad and the good in the celebration. We have trouble with the inclusion of the “bad”, but in the text the bad are put before the good. The bad are as needy as the good and the invitation to the wedding celebration of the parable is open to all.

The evil of those who ignored the first invitation was selfish busyness. Life is to be a celebration, not a rat race. Both the bad and the good people who left the rat race and went to the celebration were better off than all those good folk who had something “better” to do. The good news of the Kingdom is that we, both bad and good, are invited to celebrate what life has provided.

MATTHEW 22:1-10 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

Jesus spoke to them again in parables, saying: “The kingdom of heaven is like a king who prepared a wedding banquet for his son. He sent his servants to those who had been invited to the banquet to tell them to come, but they refused to come.

“Then he sent some more servants and said, ‘Tell those who have been invited that I have prepared my dinner: My oxen and fattened cattle have been butchered, and everything is ready. Come to the wedding banquet.’

“But they paid no attention and went off—one to his field, another to his business. The rest seized his servants, mistreated them and killed them. The king was enraged. He sent his army and destroyed those murderers and burned their city.

“Then he said to his servants, ‘The wedding banquet is ready, but those I invited did not deserve to come. So go to the street corners and invite to the banquet anyone you find.’ So the servants went out into the streets and gathered all the people they could find, the bad as well as the good, and the wedding hall was filled with guests.



domingo, 1 de janeiro de 2017

DOUTRINA E PRÁTICA

E Jesus terminou:
Eu afirmo a vocês que o Reino de Deus
será tirado de vocês
e será dado para as pessoas
que produzem os frutos do Reino.
Mateus 21.43 (leia 21.33-46) – NTLH

Jesus contou a parábola dos lavradores que queriam se apossar, pela força, da videira onde trabalhavam. O dono havia confiado o sítio aos seus cuidados, mas eles apelavam à violência, matando os outros empregados e o próprio filho dele. Sua ação era autodestrutiva.

Os lavradores da história representavam os chefes dos sacerdotes e os fariseus. Julgavam serem donos da verdade e destruíam aqueles que não se submetiam ao seu sistema. Tentavam tomar o Reino pela força.

A igreja faz uma interpretação religiosa à parábola. O filho assassinado é Jesus crucificado que se tornou cabeça da Igreja. Ao rejeitar Jesus, as autoridades estavam desprezando Deus, a fonte da salvação.

As interpretações religiosas têm seu valor, mas se limitam a uma só área da vida. A rejeição de Jesus pelos fariseus era mais do que uma questão religiosa! Representava uma postura diante da verdade. Jesus representava a verdade. A religião pode resistir a verdade maior em troca de uma “verdade” menor. Cada igreja tem seu corpo de doutrinas e o considera verdadeiro, absoluto e completo. “Ficar fora do sistema é perdição”. Um dos piores pecados é ser herege. Heresia não tem perdão. A salvação é reservada para aqueles que têm a crença certa e a prática correta.

Aos olhos das autoridades religiosas, Jesus era o “grande herege”. Não coube dentro do seu sistema. Tinha que ser eliminado. - Nada mudou… A igreja, também, montou um sistema doutrinário e incorporou Jesus com valores religiosos. Ai do pastor ou professor da escola dominical que vai além dos limites doutrinários da sua igreja! É afastado para não “contaminar” o rebanho. A finalidade da religião é conter seus adeptos dentro dos limites estabelecidos. A finalidade da escola dominical é aprofundar o aluno na doutrina e prática da igreja. O currículo é repetitivo e o adepto é mantido dentro da escola a vida toda. Nunca se forma e nunca sai do ciclo de estudos aprovados.

Doutrinar é afrontar! O doutrinador se coloca na posição de ter conhecimento superior para instruir o ignorante. Na realidade, somos todos ignorantes. Qualquer senso de superioridade é ilusão. O verdadeiro sábio reconhece que pouco sabe. O tolo se julga possuidor da verdade e quer passar a sua ignorância para os outros com o rótulo de “sabedoria”.

Há uma grande diferença entre aprofundar na doutrina e buscar a verdade. Aprofundamento fecha e restringe. Coloca limitações e é voltado para dentro. Levanta barreiras. A busca da verdade abre e liberta. Revela novos horizontes e é expansivo. Derruba barreiras. Jesus representava a verdade e o crescimento além das normas estabelecidas do seu dia; os fariseus, as limitações de um sistema fechado. Jesus simbolizava a verdade e a vida, os chefes religiosos, a doutrina e a morte.

Jesus continua ser maior do que sistemas teológicos e doutrinários. Não podemos nos apropriar de Jesus. Não podemos tomá-lo pela força e nos julgar como donos da verdade. Deus continua ser o “Senhor da videira”. Nossa tarefa é apenas produzirmos frutos de amor.

MATEUS 21.33-46 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Jesus disse:

— Escutem outra parábola: certo agricultor fez uma plantação de uvas e pôs uma cerca em volta dela. Construiu um tanque para pisar as uvas e fazer vinho e construiu uma torre para o vigia. Em seguida, arrendou a plantação para alguns lavradores e foi viajar. Quando chegou o tempo da colheita, o dono mandou alguns empregados a fim de receber a parte dele. Mas os lavradores agarraram os empregados, bateram num, assassinaram outro e mataram ainda outro a pedradas. Aí o dono mandou mais empregados do que da primeira vez. E os lavradores fizeram a mesma coisa. Depois de tudo isso, ele mandou o seu próprio filho, pensando: “O meu filho eles vão respeitar.” Mas, quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: “Este é o filho do dono; ele vai herdar a plantação. Vamos matá-lo, e a plantação será nossa.”

— Então agarraram o filho, e o jogaram para fora da plantação, e o mataram.

Aí Jesus perguntou:

— E agora, quando o dono da plantação voltar, o que é que ele vai fazer com aqueles lavradores?

Eles responderam:

— Com certeza ele vai matar aqueles lavradores maus e vai arrendar a plantação a outros. E estes lhe darão a parte da colheita no tempo certo.

Jesus então perguntou:

— Vocês não leram o que as Escrituras Sagradas dizem?

“A pedra que os construtores rejeitaram
veio a ser a mais importante de todas.
Isso foi feito pelo Senhor
e é uma coisa maravilhosa!”
E Jesus terminou:

— Eu afirmo a vocês que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado para as pessoas que produzem os frutos do Reino. Quem cair em cima dessa pedra ficará em pedaços. E, se a pedra cair sobre alguém, essa pessoa vai virar pó.

Os chefes dos sacerdotes e os fariseus ouviram as parábolas que Jesus contou e sabiam que ele estava falando a respeito deles. Por isso queriam prendê-lo, mas tinham medo da multidão porque o povo achava que Jesus era profeta.