Os empregados saíram pelas ruas
e reuniram todos os que puderam encontrar,
tanto bons como maus.
E o salão de festas ficou cheio de gente.
e reuniram todos os que puderam encontrar,
tanto bons como maus.
E o salão de festas ficou cheio de gente.
Mateus
22.10 (leia 22.1-10) – NTLH
Esta parábola faz parte de confronto dos
líderes religiosos com Jesus. A sua interpretação precisa levar em conta este
contexto. Esta alegoria reflete tensão e conflito entre dois sistemas de
valores. O rei priorizou a festa de casamento do seu filho, mas os súditos
prediletos colocaram seus negócios particulares no primeiro plano e rejeitaram
o convite real. O rei reagiu: acabou com os primeiros convidados e abriu a
festa para todos.
Mais uma vez, Jesus criticou o elitismo
exclusivista do estabelecimento religioso dominante da sua época. Aprovou a
abertura da festa para os excluídos. Por ser uma realidade gritante, este tema
foi tratado repetidas vezes nos quatro evangelhos. O Reino de Deus era
exatamente o oposto do sistema vigente. Para as vítimas da situação social de
desigualdade, Jesus trouxe boas novas (Evangelho) de inclusão.
O Evangelho é perpetuamente válido porque a
história se repete com constância. A natureza humana faz com que, em qualquer
estrutura social, o jogo de poder predomine e chegam a existirem os
privilegiados e os discriminados, os primeiros e os últimos. A grande ironia da
história da igreja é que a grande maioria das autoridades eclesiásticas que dizem
representar o Jesus humilde e pobre vivem com mordomias muita acima da média!
Isto é, desde o luxo do Vaticano até as lideranças protestantes, dos
tradicionais aos carismáticos. O cristianismo moderno não possui um líder tipo
Mahatma Gandhi. Outro ironia: em tempos modernos, o líder político que mais
imitou Jesus era hindu.
Não é de admirar que o estabelecimento
religioso é tanto carente do evangelho quanto qualquer entidade secular ou
profana. Os “prediletos” do rei continuam tratando dos seus negócios
particulares e ignorando o convite para o “casamento do filho”.
Os seguidores de Jesus são perpetuamente
condenados a serem desafiados a se identificarem com os excluídos. Os
prediletos estão sempre ocupados com seus negócios particulares.
À luz destas colocações, não somos dignos de
participarmos do “casamento do filho”. Mas a nossa esperança está exatamente
nisto: sermos convidados, mesmo não sendo dignos. Lembrando das palavras de
Jesus em outras ocasiões, ainda resta esperança para nós que confessamos o nome
de Jesus, sem conseguirmos atingir os ideais propostos. “Felizes os que sabem
que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é deles” (Mt.5.3). A
humildade de admitirmos a nossa carência nos ajudaria a, pelo menos, tentar
caminharmos em direção à “festa”. A graça nos ensina que o Reino de Deus é para
ambos: os maus e os bons.
MATEUS 22:1-10 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
De
novo Jesus usou parábolas para falar ao povo. Ele disse:
— O
Reino do Céu é como um rei que preparou uma festa de casamento para seu filho. Depois
mandou os empregados chamarem os convidados, mas eles não quiseram vir. Então
mandou outros empregados com o seguinte recado: “Digam aos convidados que tudo
está preparado para a festa. Já matei os bezerros e os bois gordos, e tudo está
pronto. Que venham à festa!”
—
Mas os convidados não se importaram com o convite e foram tratar dos seus
negócios: um foi para a sua fazenda, e outro, para o seu armazém. Outros
agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. O rei ficou com tanta
raiva, que mandou matar aqueles assassinos e queimar a cidade deles. Depois
chamou os seus empregados e disse: “A minha festa de casamento está pronta, mas
os convidados não a mereciam. Agora vão pelas ruas e convidem todas as pessoas
que vocês encontrarem.”
—
Então os empregados saíram pelas ruas e reuniram todos os que puderam
encontrar, tanto bons como maus. E o salão de festas ficou cheio de gente.
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