Jesus
ordenou a todos
que não contassem para ninguém
o que tinha acontecido;
porém, quanto mais ele ordenava,
mais eles falavam do que havia acontecido.
que não contassem para ninguém
o que tinha acontecido;
porém, quanto mais ele ordenava,
mais eles falavam do que havia acontecido.
Marcos
7.36 (leia 7.31-37) – NTLH
Jesus
nunca fez o que os outros esperavam dele. As pessoas que trouxeram o
surdo mudo para ser curado tentaram dizer para Jesus como ele devia
curá-lo, pela imposição das mãos. Eles estavam esperando Jesus
fazer uma coisa espetacular diante da multidão. Mas, Jesus agiu do
jeito dele e não pela expectativa dos outros. Saiu do meio da
multidão com o enfermo e lidou com ele de acordo com as suas
necessidades, numa maneira inédita.
Não
é possível colocar Jesus dentro de um padrão. Ele supera qualquer
estrutura e vai além de qualquer expectativa. Dogmas e definições
teológicas tentam reduzir Jesus a dimensão da compreensão humana.
Ele supera os limites do cristianismo e age fora dos limites que as
igrejas tentam estabelecer.
Jesus
respeitava a dignidade humana. Não deixou o surdo mudo se tornar
objeto de curiosidade e espetáculo público. Tirou-o do meio da
multidão e o atendeu num lugar discreto. O respeito e a discrição
sempre foram marcas de Jesus. Não procurava publicidade. Seus
contatos eram diretos, pessoa a pessoa. Muitas igrejas estão
infectadas pelo espírito comercialista e adotam a filosofia que “a
propaganda é a alma do negócio”. Procuram fazer “milagres” em
concentrações públicas e, até filmar exorcismo, destruindo a
dignidade humana para “vender” seu pacote de espiritualidade.
Pelo contrário, Jesus pediu para não contar para ninguém. A
própria cura transmitia a mensagem.
Para
Jesus, “anunciar as boas novas” não era fazer uma campanha de
publicidade. Era viver a solidariedade, sem pretensões de grandeza e
sem chamar atenção para si mesmo. Era agir como sal e como
fermento, invisível, dentro da massa. Se a nossa vida e os nossos
feitos não falam por si, a nossa publicidade é enganosa. A
publicidade secular e religiosa é sempre enganosa, contando
vantagens e escondendo o negativo. A fama de Jesus cresceu pelo
testemunho espontâneo dos beneficiados. Jesus nunca se promoveu.
Cristianismo
hoje emprega “mecanismos de promoção”. Projeta uma imagem
positiva através de construções suntuosas, publicações vistosas
que relatam seus feitos e divulgam suas atividades. Raramente suas
obras falam por si. Sabemos dos projetos pela propaganda mais do que
pelo testemunho espontâneo de boca a boca dos beneficiados.
Vamos
imaginar um cenário: as igrejas decretadas fora de lei, templos
religiosos demolidos ou transformados em museus e teatros, todas as
publicações religiosas banidas, todos os meios de comunicação
social secularizados e concentrações de cunho religioso proibidas.
Qual seria a nossa forma de viver e compartilhar a nossa fé? Seria a
redescoberta da convivência solidária e o valor do relacionamento
compassível. Descobriremos que as coisas banidas são secundárias e
que podemos viver a fé sem elas. Seriamos forçados a evangelizar
pela qualidade de vida e deixar que seus frutos falassem por si.
Voltaríamos a ministrar como Jesus ministrou e “anunciar as boas
novas” pelos atos concretos de amor.
MARCOS
7.31-37 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Jesus
saiu da região que fica perto da cidade de Tiro, passou por Sidom e
pela região das Dez Cidades e chegou ao lago da Galileia. Algumas
pessoas trouxeram um homem que era surdo e quase não podia falar e
pediram a Jesus que pusesse a mão sobre ele. Jesus o tirou do meio
da multidão e pôs os dedos nos ouvidos dele. Em seguida cuspiu e
colocou um pouco da saliva na língua do homem. Depois olhou para o
céu, deu um suspiro profundo e disse ao homem:
— “Efatá!”
(Isto quer dizer: “Abra-se!”)
E
naquele momento os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se
soltou, e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus ordenou a todos
que não contassem para ninguém o que tinha acontecido; porém,
quanto mais ele ordenava, mais eles falavam do que havia acontecido.
E todas as pessoas que o ouviam ficavam muito admiradas e diziam:
— Tudo
o que faz ele faz bem; ele até mesmo faz com que os surdos ouçam e
os mudos falem!
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