Fiquem sabendo agora e nunca se esqueçam disto:
somente o Eterno é Deus lá em cima no céu
e aqui embaixo na terra.
Não há outro deus.
Deuteronômio 4.39 (leia 4.32-40) – BLH
Os deuses, nas mitologias, representavam diversas forças agindo no mundo humano, sejam forças externas da natureza ou internas da personalidade consciente e inconsciente. Estes deuses eram cultuados por representarem estas forças ocultas e não controláveis. O domínio masculino na sociedade estabeleceu deuses absolutistas. O Eterno representava o fim desta multiplicidade de deuses e cultos. Há um poder acima de todas estas forças, regendo a todos. Este poder foi identificado como o Eterno. Nele reside todo o poder existente na criação. Não havia necessidade de adotar tantos deuses. Na realidade, todos estão subordinados à força principal! Tudo tem um princípio unificador.
A parte positiva é a ausência de dualismo nesta afirmação. Não há muitos deuses que competem um contra o outro, mas atrás de tudo há uma direção que coordena e tem uma finalidade! Nos livros de Moisés não há lugar para uma teologia de demônios, pois, o Eterno rege sozinho a sua criação. A existência de demônios como adversários de Deus seria uma forma de politeísmo.
A parte negativa do monoteísmo, como apresentado no Pentateuco, é a espiritualidade machista. Com os elementos anti-femininos, possui tendências de intolerância, de competição e de eliminação dos que não se conformam com os padrões patriarcais. O Deus do Antigo Testamento é cópia do patriarca. O “Papai” de Jesus não era patriarcal, regendo com autoridade, mas agregativo, agindo com amor.
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