quinta-feira, 30 de abril de 2009

VIVER OU MERAMENTE EXISTIR

Muitos em Israel aceitaram antes morrer que contaminar-se com os alimentos e profanar a aliança sagrada, como de fato morreram.

1 Macabeus 1.63 (leia 1.10-15,41-42,54-57,62-64) – BJ

Viver é muito mais do que meramente existir! Há circunstâncias em que é melhor morrer do que viver. Neste texto, as pessoas que morreram se achavam diante da escolha de viver à custa de princípios que elas achavam que eram básicos, ou morrer. Elas achavam que estes princípios valiam mais do que a própria vida... Preferiam morrer do que ceder e agir contra estes princípios básicos. Sem eles não valia a pena viver.

Novamente, esbarramos no princípio do sacrifício da vida por valores maiores. A vida, em si mesma, não é o supremo valor! A vida é voltada para valores além de si mesma... Somente existir não é o suficiente. A vida tem valor somente na medida em que ela é vinculada a algo que está fora de si.

Estes valores são vinculados à coletividade. Somente à medida que vivemos pela coletividade, a vida individual tem valor. É justamente o amor ao próximo que afirma o valor à vida individual. Sem o amor ao próximo, a vida individual fica sem valor.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

MISSÃO IMPOSSÍVEL

"Já a dei a sete maridos dentre nossos irmãos, e todos morreram na mesma noite em que entraram no seu quarto. Todavia, moço, agora come e bebe, e o Senhor vos dará sua graça e sua paz." Tobias respondeu: "Não comerei nem beberei até que resolvas a minha situação." Ragüel lhe disse: "Está bem! É a ti que ela deve ser dada segundo a sentença da Lei de Moisés, e o Céu decreta que ela te seja dada. Recebe a tua irmã. Ela te é dada a partir de hoje e para sempre. Que o Senhor do Céu vos faça felizes esta noite, filho, e vos dê sua graça e sua paz."

Tobias 7.11 (leia 6.10-11,7.1,9-17,8.4-10) – BJ

"Missão Impossível" seria um bom título para esta história. Tobias estava enfrentando uma situação difícil a ser resolvida: “quebrar a tradição, ou morrer pela tradição”. Aqui, de novo, Deus é retratado como salvador. Pela fé, o azar foi anulado. Tobias se casou com Sara e não morreu como os sete maridos anteriores. A sorte de Tobias foi diferente. Pela lógica, ele deveria ter fugido da situação; mas, nem sempre a lógica opera na vida. Tobias se arriscou e venceu. Sara devia ter sido uma beleza de mulher para um homem arriscar tanto para ficar com ela. Lições desta história: "grandes oportunidades são acompanhadas de grandes perigos" e “grandes perigos oferecem grades oportunidades”...

terça-feira, 28 de abril de 2009

ORAÇÃO DE UMA AZARADA

E naquele momento, estendendo as mãos para a janela, orou assim: "Bendito sejas tu, Deus de misericórdia! Bendito seja teu nome pelos séculos, e que todas as tuas obras te bendigam para sempre! Volto agora meu rosto e levanto meus olhos para ti.

Tobias 3.11-12 (leia 3.1-12,24-25) – BJ

Esta oração é de Sara, uma pessoa azarada, viúva sete vezes que havia contemplado o suicídio. A sua viuvez era especialmente marcante; cada marido havia morrido na noite de núpcias sem haver tocado nela, mortos por Asmodeu, o pior dos demônios. Sara ainda era virgem e temida como matadora de maridos, bastante desprezada por estar ficando velha sem ter filhos.

Na sua angústia ela pede a morte, mas, em vez da morte, veio a libertação! Mesmo com a adoção da crença de demônios pelo autor deste livro, Deus é retratado como o Deus da salvação nesta vida agora, no nível prático. A salvação no caso de Tobit foi a cura da cegueira, causada pelo excremento de um pardal. No caso de Sara, em arrumar um marido que não morresse antes de engravidá-la, deixando-a com um herdeiro. A salvação começa agora, na vida diária.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

VALE A PENA SER BOM?

Não reparei que havia pardais acima de mim, no muro. Caiu-me nos olhos excremento quente, produzindo neles manchas brancas. Fui aos médicos para me tratar; quanto mais me aplicavam pomadas, mais me cegavam as manchas, até que fiquei completamente cego. Fiquei cego durante quatro anos e todos os meus irmãos se afligiam por minha causa; e Aicar cuidou do meu sustento por dois anos, até que partiu para Elimaida.

Tobias 2.10 (leia 2.10-23) – BJ

O narrador havia prestado socorro ao próximo, mas isto não era garantia de sua imunidade contra sofrimento e contratempos. Foi vítima de um estranho acidente, necessitando de alguém para cuidar dele. Como resultado desta cegueira, cresceram brigas de família e muita confusão, acusações e contra acusações. Questão principal: "Vale a pena ser bom?" - a mesma questão do Livro de Jó.

Se a resposta fosse clara todo o mundo seria bonzinho. Parece que a bondade não leva vantagem alguma. Os bons sofrem junto com os ruins e às vezes até mais. Muitas vezes parece que a maldade dá melhores resultados. Acho que a recompensa da bondade é o caráter do praticante, atingindo uma integridade que vence as circunstâncias.

domingo, 26 de abril de 2009

COMPARTILHANDO A VIDA

Quando puseram a mesa, com numerosos pratos, disse a meu filho Tobias: "Filho, vai procurar, entre nossos irmãos deportados em Nínive, algum pobre de coração fiel, e traze-o aqui para comer conosco. Esperar-te-ei até que voltes, meu filho."

Tobias 2.2 (leia 2.1-9) – BJ

A abundância é para ser compartilhada com o próximo, não de maneira aleatória, mas com critério, com aqueles que realmente necessitam e da maneira que necessitam. Neste relato o filho não trouxe um faminto mas enterrou uma vítima de violência contra seu povo. O que começou como uma festa terminou como luto.

O compartilhar não é somente compartilhar com a abundância mas, também, estar sensível ao sofrimento do próximo e se identificar com ele. Oferecer solidariedade de uma maneira concreta é rir com os que estão felizes e chorar com os que estão em luto, ajudando-os a enterrar seus mortos.

O narrador também era vítima, um co-exilado. Era um sofredor sendo solidário com outro na mesma situação. A identificação não era fingida, era real. Quando um é vítima de um sistema, os outros também são vitimados junto com ele. Sendo solidário com os outros, estamos sendo conosco também.

sábado, 25 de abril de 2009

POR QUE CELEBRAR?

Vão agora para casa e façam uma festa. Repartam a sua comida e o seu vinho com quem não tiver nada preparado. Este dia é sagrado para o nosso Deus; portanto, não fiquem tristes. A alegria que o Deus Eterno dá fará que vocês fiquem fortes.

Neemias 8.10 (leia 8.1-12) – BLH

A celebração traz o seu próprio benefício, pode ser mais uma expressão de esperança do que uma comemoração de algo alcançado. A celebração pode nascer do sofrimento: o carnaval é um exemplo. Quem mais celebra o carnaval são os que menos têm para comemorar. Os favelados celebram muito mais do que os que têm recursos, e, quanto mais forte forem as crises econômicas, mais expressivo é o carnaval. Outros países têm tido suas revoluções, mas o Brasil respira carnaval. A própria celebração dá força ao celebrante!

As celebrações dão oportunidades aos participantes; de se extravasam além de si, galgando barreiras invencíveis! A celebração não muda as circunstâncias externas, mas muda a atitude das pessoas em relação a elas; tira o desespero e a revolta. A comemoração pode ser uma fuga, mas, pode ser também, uma maneira de conviver com aquilo que não podemos remover ou modificar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

CARREGANDO A TRISTEZA DOS OUTROS

Que o rei viva para sempre! Como posso deixar de parecer triste, quando a cidade onde os meus antepassados estão enterrados está em ruínas, e os seus portões estão queimados?

Neemias 2.3 (leia 2.1-8) – BLH

Mais uma vez aparece na Bíblia o tema da interdependência das coisas. A felicidade de uma pessoa depende da felicidade da outra. Por "felicidade" não estou me referindo apenas aos sentimentos e emoções de alegria, mas ao bem estar geral das pessoas! A minha felicidade está ligada à felicidade dos outros. O profeta era infeliz por causa da infelicidade do seu povo. A felicidade isolada é felicidade inexpressiva, egoísta. Se o profeta fosse feliz por estar num lugar privilegiado enquanto o seu povo estava sofrendo ele seria um ser sub-humano.

São poucos os que têm o espírito deste profeta. A maioria se julga feliz se conseguir escapar da infelicidade dos outros. O espírito da nossa época é "salvar-se quem puder". Este espírito leva à indiferença social e à corrupção. Muitos procuram alcançar a sua felicidade às custas da felicidade dos outros, achando que é possível ser feliz enquanto os outros são infelizes! Ledo engano: mais cedo ou mais tarde a infelicidade dos outros vem habitar nossa casa...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

PAGÃOS COMO INSTRUMENTOS DE DEUS

Éramos escravos, porém não nos deixaste na escravidão. Tu fizeste os reis da Pérsia terem boa vontade para conosco, e eles deixaram que reconstruíssemos o teu Templo, que estava arrasado, e que achássemos segurança aqui em Judá e em Jerusalém.

Esdras 9.9 (leia 9.5-9) – BLH

Com o cativeiro, o povo de Israel chegou a perceber que o seu Deus não era somente o Deus da terra de Palestina, mas que agia fora daquele lugar e com pessoas que não eram da sua raça. Foi um passo em direção à universalização da sua percepção de Deus.

O grande defeito das religiões que têm a sua origem no Levante (oriente médio) e que têm o conceito de "Povo de Deus" ou "Povo Escolhido" (Judaísmo, Cristianismo, Islamismo e as suas respectivas seitas) é o de achar que eles são os privilegiados e prediletos de Deus. A salvação e todo o plano de Deus estão em torno deles, e o resto do mundo, em todos os tempos, e em todos os lugares, está fora da salvação, a não ser por intermédio deles! Aqui estamos vendo que a salvação do Povo de Israel está vindo justamente por alguém que não é do "grupo elite". Com esta experiência o povo de Israel começara a ter senso de identidade sem o orgulho de ser o melhor.

A nossa tendência é reduzir Deus ao nosso tamanho, não aceitando a sua atuação fora dos nossos conceitos do bem e do mal. A nossa tendência é entregar o mundo ao poder do maligno e aprisionar Deus dentro dos nossos templos e sistemas religiosos. Na medida em que conseguimos ver a sua mão agindo para abençoar toda a humanidade poderemos ver a sua glória e tornarmos colaboradores com Ele.

terça-feira, 21 de abril de 2009

TEMPLOS E A GLÓRIA DE DEUS

Então o povo de Israel, isto é, os sacerdotes, os levitas e todos os outros que haviam voltado da Babilônia, fizeram a inauguração do Templo, dedicando-o com alegria à adoração a Deus.

Esdras 6.16 (leia 6.7-8,12,14-20) – BLH

A função do Templo, para o povo de Israel, era mais no sentido de dar "senso de identidade". A tendência das religiões é criar lugares, atos e objetos sagrados. Isto tem o seu lado positivo no sentido de estabelecer pontos de referência. A tendência negativa é atribuir poderes mágicos a estas coisas achando que Deus está mais presente nestas coisas do que nas outras; ou que estas coisas têm poder em si mesmas.

Até que ponto os templos são construídos para a glória de Deus? No Antigo Testamento, o primeiro lugar de adoração era a tenda, carregada de um lugar para outro. Depois de tomar posse da Palestina, os Israelitas queriam ser iguais aos outros povos, tendo um rei! Por sua vez, aquele rei queria construir um grande templo. O senso de identidade do povo era o seu rei e o templo. Eu questiono: até que ponto o templo servia para adoração de Deus, até que ponto era apenas uma auto-afirmação de um povo sofrido que precisava uma auto-imagem positiva?

Este universo majestoso é o verdadeiro templo do Deus vivo! Nenhuma estrutura feita pelas mãos humanas chega perto desta glória. O Deus que habita nesta criação infinita não pode ser aprisionado dentro de paredes construídas por nós. Mas, nós, sendo “templos de Deus”, podemos revelar a Sua glória convivendo em amor com o nosso próximo e cuidando bem do nosso canto.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

RELIGIÃO DO TEMPLO

Que Deus esteja com todos vocês que são o seu povo. Vão a Jerusalém para construir de novo o Templo do Eterno, o Deus de Israel, o Deus que é adorado em Jerusalém.

Esdras 1.3 (leia 1.1-6) – BLH

Em termos teológicos, o livro de Esdras representa a ala sacerdotal da religião que dá ênfase à estrutura religiosa da vida. Esdras dá ênfase às formas litúrgicas, templos, pureza de doutrina e práticas religiosas. Para Esdras e seus seguidores, o que era importante era a conservação da identidade religiosa por meio de formas aprovadas, locais consagrados e povo santificado.

Este livro diz pouco para mim. Faz-me lembrar do lado negativo da religião, o lado alienante. Este lado tende para a exclusividade e isolamento, pois separa os adeptos do resto da humanidade. Esta tendência é muito forte nas igrejas protestantes (muitos católicos pensantes diriam que esta tendência também, existe na igreja católica), estabelecendo uma sub-cultura protestante que não tem nada de positivo para acrescentar ao mundo em que vive. O grande crescimento do número de evangélicos no Brasil está acompanhado com o grande aumento de violência, crime e corrupção.

Jesus nos ensina que a verdadeira religião é a do Espírito (não do lugar) e nos aproxima com compaixão às pessoas carentes que nos cercam e nos transforma em sal da terra e luz do mundo.

sábado, 18 de abril de 2009

PONTO DE REFERÊNCIA

Escuta as minhas orações e as orações do teu povo quando orarem com o rosto virado para cá. Sim, da tua casa no céu, ouve-nos e perdoa-nos.

1 Reis 8.30 (leia 8.22-23,27-30) – BLH

Esta oração foi feita por Salomão na ocasião da inauguração do novo templo em Jerusalém. Salomão entendia que Deus era tão grande que o céu não teria a capacidade de contê-lo, muito menos o templo. O templo não era a morada de Deus, mas servia para a lembrança de que Deus também residia entre as criaturas humanas na terra, ajudando-as a sentir a presença divina. Tornou-se o lugar de adoração e culto, e, o povo, mesmo estando em outros lugares, orava com o rosto virado para o templo em Jerusalém.

O templo falhou e hoje os templos das religiões parecem não mais representar uma esperança para a maioria da humanidade. Ficam fechados e vazios a maior parte do tempo. Ainda precisamos de pontos de referência que nos façam sentir a presença divina, algo que representa a vida e a esperança. Será que existe este algo?

Acredito que o novo ponto de referência seria as pessoas que encarnam o Reino de Deus, pessoas que enfrentam com amor, fé, e dedicação, os grandes problemas que afligem a humanidade: injustiça social, devastação do meio ambiente e opressão dos vulneráveis (minorias, pessoas discriminadas, crianças, mulheres, pobres).

O Apóstolo Paulo afirma: “nós somos o templo do Deus vivo” (2Cor 6.16). Podemos ser referências que trazem esperança se conduzirmos a nossa vida na presença daquele que é o Criador da vida...

terça-feira, 14 de abril de 2009

PROFETA MALANDRO

A mulher de Manoá deu à luz um filho e pôs o nome de Sansão. O menino cresceu, e o Deus Eterno o abençoou. Sansão estava no campo de Dã, entre Zora e Estaol, quando começou a sentir que o Espírito do Deus Eterno o dirigia.

Juízes 13.24-25 (leia 13.2-7,24-25) – BLH

Faço algumas observações que vão contra a prática das igrejas hoje em dia. Primeiro: A vida de Sansão, Abraão, Jacó, Davi e outros, dá para analisar que Deus não é moralista. Nenhum deles, analisando seu comportamento sexual, poderia ser membro da maioria das nossas igrejas, se vivessem hoje, e se não mudassem o seu estilo de vida. Segundo: A direção do Espírito de Deus é por iniciativa de Deus e não de nós; acontece sem a gente procurar. Terceiro: As atividades da maioria dos heróis do Antigo Testamento eram o que chamamos de "seculares".

Não há explicação lógica por que Sansão foi escolhido para ser um libertador na sua época. Não era pessoa exemplar em nada, mas, namorador e gozador! Curtia a vida e se divertia com os inimigos. Confiava demais nos outros, especialmente nas pessoas erradas. Entretanto, apesar de todas as suas "irregularidades", Sansão é citado entre os profetas da sua época e acaba fazendo parte da história sagrada.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

RELIGIÃO, PECADO DISFARÇADO?

Ela respondeu: -- Se o senhor fez uma promessa ao Deus Eterno, faça de mim o que prometeu. Pois o Eterno deixou que o senhor se vingasse dos nossos inimigos, os amonitas.

Juízes 11.36 (leia 11.29-39) – BLH

Estas são as palavras da filha de Jefté ao descobrir que seria sacrificada por causa de um juramento de seu pai.

A meu ver, essa passagem está na mesma categoria da filosofia que diz que, "a palavra do rei não pode voltar atrás". O comportamento humano está cheio de coisas estúpidas, sem razão de ser. As pessoas "fazem besteira" e depois tentam se justificar... Não vejo nada de edificante nesta passagem! Ela é mais um "retrato" das loucuras que os seres humanos podem fazer em nome da religião. A Bíblia retrata bem o ser humano sem tentar negar nenhum aspecto da sua personalidade; relata as "loucuras" e as "virtudes"...

Quais são as loucuras que acabo de fazer em nome da minha fé em Deus? Será que já cheguei a prejudicar os outros ao cumprir um dever religioso? A fuga das coisas do mundo não passa, muitas vezes, de uma fuga da responsabilidade para com o próximo? A condenação dos erros dos outros não passa de uma manifestação de desamor para com o próximo?

A religiosidade muitas vezes pode ser apenas o pecado disfarçado.

domingo, 12 de abril de 2009

A SOMBRA DO REI

E o espinheiro respondeu: "Se vocês querem mesmo me fazer o seu rei, venham e fiquem debaixo da minha sombra. Se vocês não fizerem isso, sairá fogo do espinheiro e queimará os cedros do Líbano."

Juízes 9.15 (leia 9.6-15) – BLH

Temos que ficar sob a sombra do nosso rei! Se escolhermos um rei pequeno, nos diminuiremos e não alcançaremos o nosso potencial...

As árvores nobres estavam escolhendo um espinheiro para ser rei. Assim agindo, condenavam-se a serem sufocadas ou queimadas. Optavam por uma escolha que seria a sua própria destruição!

Não poderemos passar, nem alcançar o tamanho do nosso "rei"! Os valores que escolhemos determinam até que ponto nós podemos nos desenvolver. Há um ditado que diz: - "os povos têm os governos que merecem". Há um pouco de verdade nisso... O povo tende a escolher um governo de acordo com a sua altura!

É importante a boa escolha de valores e prioridades! Nossos valores devem ser maiores do que nós e nos desafiar sempre. O nosso "rei" sendo nobre e elevado nos dá espaço para crescermos. O Reino que Jesus descreveu é a nossa melhor opção. Nos desafia a crescermos e ultrapassarmos o nosso pequeno mundo, participando de um projeto que nos dá oportunidades sem limites...

sábado, 11 de abril de 2009

EMPURRO DE ANJO

Aí Gideão compreendeu que era mesmo o Anjo de Deus Eterno que ele tinha visto. E disse, apavorado: -- Meu Deus! Eu vi o Anjo do Eterno face a face!

Mas o Eterno respondeu: -- Não fique com medo. Tudo está bem. Você não morrerá.

Gideão construiu ali um altar para o Deus Eterno e o chamou de "O Deus Eterno é paz".

Juízes 6.22-24ª (leia 6.11-24) – BLH


A nação ia mal, mas Gideão estava na sua... A "sua" era cuidar de sua vida, da sua lavoura... Gideão era pobre, de família humilde. Não sentia responsabilidade com os acontecimentos nacionais, nem tribais. De repente, um anjo aparece para tirar a sua tranqüilidade... Gideão foi chamado para se envolver com algo fora das suas atividades habituais; foi chamado para ser o "salvador da pátria".

Um encontro com Deus ou com um anjo de Deus implica num envolvimento com o sofrimento humano, além do nosso próprio sofrimento e os nossos próprios interesses. Depois do encontro, Gideão não podia mais ficar cuidando de sua própria vida. Um encontro verdadeiro com o Eterno nos empurra para fora do nosso pequeno mundo, para vivermos no mundo dos outros.

sábado, 4 de abril de 2009

AMOR E MEDO

Sejam firmes e corajosos; não se assustem nem tenham medo deles, pois é o Eterno, o nosso Deus, quem irá com vocês. Ele não os deixará nem abandonará.

Deuteronômio 31.6 (leia 31.1-8) – BLH

Um relacionamento de amor gera confiança e coragem. A ausência de amor cria medo. João declara que o perfeito amor lança fora o medo. Um Deus que nos ama não nos abandona. Os atos corajosos geralmente são motivados por amor.

Os nossos piores inimigos não são os perigos e as dificuldades encontrados em nossos caminhos. O pior inimigo é o medo dos perigos e dificuldades. Perigos e dificuldades são vencíveis, pois muitas vezes oferecem oportunidades.

Se estamos realmente ao lado do bem e agirmos motivados pelo amor, não temeremos: nem a morte nem o fracasso. Se o nosso relacionamento com o Eterno é na base do amor estamos na posição mais segura possível. A morte e o fracasso se tornam relativos, não mais tendo poder sobre nós! A morte não tem a palavra final e por isso deixa de ser uma grande inimiga. O maior fracasso é ter medo e desistir de lutar. Lutar e perder não é fracasso. Quem não luta já fracassou. Quem luta, nunca fracassa.