Moisés e Arão fizeram todas essas coisas espantosas
diante do rei do Egito,
porém o Deus Eterno endureceu o coração do rei,
e este não deixou
que os israelitas saíssem do país.
Êxodo 11.10 (leia 11.10-12.14) – BLH
Os primeiros livros da Bíblia são coerentes em colocar Deus como o absoluto. Não caem no dualismo de conflito entre diversas divindades e na luta entre o bem e o mal. Satanás não existe no Pentateuco. A maldade da serpente estava no mesmo nível da de Eva, Adão, Caim, Jacó, etc. O Pentateuco não aponta uma força do mal agindo no mundo contra Deus e contra a humanidade. Não foi satanás que endureceu o coração do rei, foi Deus mesmo! “Eu formo a luz, e crio as trevas; faço a paz, e crio o mal; eu o Senhor, faço todas estas coisas.” (Isaías 45.7).
Independentemente de quem nos induz a agirmos desta ou de outra forma, somos responsáveis pelos nossos atos e temos que responder por eles. Satanás foi uma invenção do ser humano para tentar explicar o mal, fugindo da sua responsabilidade de atos e atitudes. O dualismo do bem e do mal como forças espirituais opostas nasceu na Pérsia. Satanás e os demônios, como forças do mal contra um Deus bom, foram importados pelos exilados judeus quando voltaram do cativeiro. Antes disso foram considerados servos de Deus. Deus era criador de tudo, incluindo o mal.
A luz de Jesus dos evangelhos, temos outro retrato do Deus diferente do Antigo Testamento. É Deus Papai/Mamãe compassivo/a que nos trata como filhos e filhas amados/as, mesmo quando não correspondemos com este amor. Podemos ter a humildade do pecador no templo e curtir este amor. Ou podemos ter o orgulho dos fariseus nos julgando melhores que os outros e nos afastarmos dum relacionamento de amor. A decisão é nossa. A última palavra está conosco. Somente nós temos o poder de fecharmos ou abrirmos o nosso coração para um relacionamento de amor.
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