Porém quanto mais os egípcios maltratavam os israelitas,
tanto mais eles aumentavam.
Os egípcios ficaram com medo deles.
Êxodo 1,12 (leia 1,8-14.22) – BLH
A opressão é auto-destrutiva. Mais cedo ou mais tarde os oprimidos ganharão o seu espaço. O mal, embora dotado de muito poder, não consegue se impor para sempre. Seus dias são contados. O bem, sem poder aparente, sobrevive às agressões do mal e no fim triunfa! O mal tem razão em ter medo do bem, pois a agressão contra ele não lhe dá vitória permanente.
Este fato nunca foi aprendido. Cada geração repete o mesmo engano. As vítimas da opressão do mal, ao se libertarem tem a tendência de se tornarem opressoras. Isto aconteceu no caso dos israelitas. Ao serem libertados da opressão da terra do Egito os Israelitas se tornaram opressores na terra de Canaã, pressionando e destruindo o povo nativo e a sua cultura - tudo foi feito em nome de Deus!... O Deus libertador na terra de Egito se tornou o Deus opressor na terra de Canaã.
Na história moderna Israel ficou sem terra por muitos séculos e sofria muitas perseguições. Quando Israel voltou a ocupar a Palestina em 1948 com o apoio da ONU, ela se tornou uma nação opressora. Hoje, com o apoio dos EUA, Israel é uma das grandes potências opressoras do Oriente Médio, mas tudo em nome de defesa.
Nem a igreja escapa deste terrível “ciclo de oprimida” se tornando opressora. Ela começou como um grupo perseguido e oprimido, mas, ao adquirir poder, usou-o para perseguir e oprimir os outros. A igreja forte tem sido opressora e a igreja fraca, serva. É perigoso à igreja adquirir poder.
Parece que a raiz da opressão é o medo. A libertação do medo elimina o impulso opressor. O amor lança fora o medo. Quem ama não oprime.
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